A resposta é uma só: NÃO! Definitivamente, cigarro e cirurgia plástica não combinam! E no dia de hoje, 29 de agosto, quando é celebrado o Dia Nacional de Combate ao Fumo, vou tratar da relação danosa entre cigarro e cirurgia plástica.
Trata-se de um ótimo momento para você conhecer quais são os prejuízos que o tabagismo pode causar na cirurgia plástica! Antes disso, é importante destacar algumas informações sobre o cigarro e o prejuízo dele para a saúde das pessoas.
O Cigarro e os prejuízos para sua saúde
A fumaça do cigarro possui cerca de 4.720 substâncias tóxicas que trazem sérios riscos à saúde. A existência de substâncias como a nicotina e o monóxido de carbono já são conhecidas pela grande maioria dos fumantes. Contudo, apenas a título de alerta, destaco que a fumaça do cigarro possui, inclusive, substâncias radioativas como polônio 210 e cádmio (utilizado nas baterias dos carros).
Conforme informa o Instituto Nacional de Câncer , os fumantes comparados com os não fumantes, estatisticamente apresentam risco:
- 10 vezes maior de adoecer de câncer de pulmão;
- 5 vezes maior de sofrer infarto;
- 5 vezes maior de sofrer de bronquite crônica e enfisema pulmonar;
- 2 vezes maior de sofrer derrame cerebral
Estes são apenas alguns dos problemas de saúde relacionados ao tabagismo. E na Cirurgia Plástica, o cigarro também se apresenta como um sério problema, o que vou esclarecer agora.
Cigarro e Cirurgia Plástica não combinam
O fumante que pretende realizar uma cirurgia plástica deve saber que está sujeito a eventuais complicações durante alguma etapa do procedimento ou após a cirurgia. Ou seja, ao se submeter a um procedimento cirúrgico, o paciente fumante fica mais vulnerável desde a anestesia até a cicatrização.
Isso porque, o cigarro tem influência significativa na oxigenação do corpo pelo sangue, na distribuição dos nutrientes para a manutenção, regeneração da pele e dos tecidos, o que acaba por comprometer o adequado funcionamento dos vasos sanguíneos, dos pulmões e das condições cardiorrespiratórias.
Como consequência lógica, o paciente poderá ter sérios problemas no processo de cicatrização. Mais ainda, a pele poderá ficar necrosada e infeccionada. Ademais, poderá ocorrer o rompimento das suturas, além de quelóides, manchas e até mesmo trombose, entre outros aspectos agravantes.
Além disso, fumantes podem apresentar tosse, desenvolver enfisema e ter aumentada a produção de muco, o que pode resultar em pneumonias.
A tosse constante é inimiga da boa recuperação, visto que pode causar sangramentos e hematomas, o que poderá exigir uma nova operação para retirada desse sangue que acumulou na região operada.
Os efeitos da Nicotina
A nicotina merece destaque entre as milhares de toxinas existentes no cigarro. É ela a responsável pela vasoconstrição (fechamento dos pequenos vasos sanguíneos)que reduz a circulação nos tecidos, resultando na necrose acima mencionada, que nada mais é que a morte do tecido por falta de sangue.
O Risco da Trombose
Uma complicação grave decorrente do consumo do cigarro é a trombose. A trombose é a formação de coágulos sanguíneos na veias localizadas da parte inferior do corpo, normalmente nas pernas, cuja incidência é mais rotineira nas anestesias raquidianas, peridurais e gerais.
Os coágulos acabam por bloquear o fluxo de sangue, causando inchaço e dor na região. Entretanto, há ainda risco maior, nos casos onde os coágulos se desprendem e se movimentam pela corrente sanguínea, resultando em uma embolia, que pode ficar presa nos pulmões, no coração ou em outra área do corpo como o cérebro, causando graves lesões no paciente.
Esse são alguns dos efeitos danosos que justificam o fato de que cigarro e cirurgia plástica não combinam, pois os resultados geralmente percebidos nessa combinação são totalmente negativos para o paciente.
Quando parar de fumar antes da Cirurgia Plástica?
Regra geral, os cirurgiões indicam que o paciente não fume nos 30 dias anteriores ao procedimento cirúrgico e que permaneçam sem fumar ao menos um mês após a cirurgia, objetivando um pós-operatório mais seguro, com resultados mais eficazes. O melhor momento de parar de fumar, será sempre determinado pelo cirurgião plástico durante a consulta médica.
Caso o paciente tenha a pretensão de se submeter a uma cirurgia plástica, deverá ficar atento e seguir rigorosamente as recomendações do seu cirurgião plástico.
Sendo assim, consulte seu cirurgião plástico sobre os danos do cigarro em sua cirurgia e sua vida, e qual o tempo mínimo indicado para parar de fumar antes do procedimento desejado e até quando deve manter essa abstenção para obter os melhores resultados possíveis na sua cirurgia plástica.